Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), que supervisiona a missão, também possui um local “reserva” para o pouso. À medida em que desce rumo à superfície, a nave deverá pairar sobre o solo lunar antes de pousar, à procura do local designado, até ter certeza de que o encontrou. Para superar o atraso na comunicação, comum nas transmissões entre naves espaciais e controles terrestres, os cientistas programaram o lander para que consiga pousar em modo autônomo, sem precisar de operadores humanos na base indiana. Todas as decisões sobre quando e onde pousar serão tomadas pelo próprio lander, que reduzirá sua velocidade de 1,6 km/s para zero dentro de um intervalo de 15 minutos. É uma missão arriscada, é. verdade. Patrick Dasgupta, professor do departamento de física e astrofísica da Universidade de Délhi, relata que “simulações e testes suficientes foram feitos, mas ainda há muita incerteza envolvida. Mesmo se houver um pequeno erro de cálculo do sensor, todo o exercício será comprometido. Mesmo se houver uma pequena rocha ou pedra no local de pouso, ela poderá derrubar [o lander]". Essa é de longe a mais complexa missão da história da ISRO, de acordo com seu ex-presidente, G Madhavan Nair. Mas ele tem total certeza do sucesso da Chandrayaan-2: se a nave superar essas dificuldades e o pouso for tranquilo, o local se tornará o ponto mais ao sul da Lua a ser visitado na história. Existe uma grande expectativa no país para esse evento. "Há um enorme valor simbólico associado a essa missão", disse Pallava Bagla, co-autor de um livro sobre exploração espacial indiana e editor de ciências do canal de notícias indiano NDTV. “Isso é sobre orgulho nacional”, completa. De fato, a exploração espacial se tornou uma espécie de obsessão na Índia: em algumas cidades do país, há pôsteres da Chandrayaan-2 em outdoors gigantes, o que caracteriza ainda mais esse aspecto de orgulho nacional que a missão proporcionou.
Fonte : canaltech
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